HELENA PETROVNA BLAVATSKY


A respeito desta também excepcional mulher ( HPB), a quem temos de citar muitas vezes no decorrer destes apontamentos, o Dr. D. Arsonval, membro das Academias de Ciências e de Medicina, professor do Colégio de França e presidente do Instituto geral de
Psicologia, diz no Prefácio da obra Místicos e Magos do Tibete: “Para muitos ocidentais, o Tibete se acha envolvido em estranha atmosfera. O “país das neves” é para eles a pátria do misterioso, do fantástico e impossível. Há lamas, magos, feiticeiros, necromantes e ocultistas de todas as espécies que moram naqueles lugares isolados do mundo já forçados pela própria natureza, já por sua própria vontade – lhes atribuem os mais sobrenaturais poderes, aceitando como verdades indiscutíveis as mais estranhas lendas. Dir-se-ía que tal país, plantas, brutos e homens podem fugir à vontade das leis estabelecidas pela física, a química, a fisiologia e até ao simples bom senso.
“É natural, pois, que os investigadores entregues às rigorosas disciplinas do método experimental não tenham dado a tais narrações, maior interesse do que o relativo e pinturesco dos contos de fadas. Tal era o estado de meu espírito até o dia em que tive a sorte de entrar em relações com a senhora David-Neel. A célebre e valorosa exploradora do Tibete preenchia todas as condições físicas, intelectuais e morais que se podem desejar em um observador consagrado aos referidos problemas. Ela escreve e fala perfeitamente
todos os dialetos tibetanos e residiu quatorze anos consecutivos no referido país e suas comarcas limítrofes. Professa o budismo e soube granjear a confiança dos mais elevados lamas. Seu filho adotivo é um lama autêntico. A Sra. David-Neel, em uma palavra, submeteu-se às aprendizagens e provas psíquicas de que fala e chegou a ser, como ela mesma assegura, uma perfeita asiática, na acepção da palavra, fato mais importante para explorar um terreno até aqui inacessível aos observadores estrangeiros.
“Esta asiática, esta perfeita tibetana, entretanto, soube continuar sendo uma ocidental, discípula de Cartesio e de Claude Bernard e praticando a dúvida filosófica do primeiro, que deve ser na opinião do segundo, a base de todas as investigações do sábio. Assim, desembaraçada de toda idéia preconcebida, não estando polarizada por nenhum dogma nem doutrina, observou as coisas do Tibete com toda liberdade e serenidade de espírito. Nas conferências que a meu pedido fez no Colégio de França (cadeira também de Claude Bernard, meu mestre) pôde firmar, em conclusão que, “tudo quanto de perto ou de longe se relaciona com os fenômenos psíquicos e a ação das forças psíquicas em geral, deve ser estudado de igual modo que qualquer outra ciência. Não há nisso nada de milagroso, nada de sobrenatural, coisa alguma que deve engendrar ou alimentar a superstição. A aprendizagem psíquica racional e cientificamente conduzida pode levar-nos a resultados racionais apreciáveis. Por isso mesmo, as observações recolhidas a respeito de semelhante disciplina, embora seja esta praticada hoje de modo empírico ou debaixo de teorias a que não nos submetemos, constituem utilíssimos documentos, mui dignos da maior atenção”. Tal coisa, como se vê, representa o verdadeiro método científico, afastado tanto do ceticismo como da cega credulidade”. – Nota do
autor.

Chaya – termo sânscrito, cujo significado é: Sombra. Certos autores o chamam de “duplo astral ou etéreo”. Nós não concordamos com essa definição, porque dá idéia de uma só coisa, quando não é exato. Nesse caso seria melhor chamá-lo de “psico-etéreo”, já que se trata, no caso vertente, da construção física do que hoje se conhece como Humanidade. E a prova é que, essas primeiras formas humanas, eram fluídicas, por serem emanadas dos Barishads Pitris (classes de Devas pertencentes à 7ª Jerarquia do sistema solar,
que auxiliam à construção das formas na evolução das quatro rondas da cadeia terrestre).

A palavra protista provém do grego prótistos, o primeiro de todos.
O verdadeiro nome do primeiro continente é Jambu, de acordo com as escrituras sagradas, e cujo significado é: Jambo, jambosa, etc. A razão de se lhe chamar, algumas vezes, de Pushkara – quando este nome é o do 7º e último continente, está sintetizado nos próprios “Sete promontórios” que apareceram “no ponto de junção”, após o nascimento completo da Terra Sagrada, algo assim, como se se quisesse dizer que ali era o símbolo do começo e do fim das coisas, tal como Ouroboros ou a cobra que morde a própria cauda. Sim, porque, ao alcançar o homem o “sétimo ou último estado de consciência” (o Atmico, tal como foi de modo involutivo no começo), tanto vale por chegar ao último continente (ou 7º) onde o mesmo estará harmônico com a sua procedência divina, segundo o dito de que “deuses fomos e nos temos esquecido”, ou “vimos da Divindade e para ela havemos de ir”, segundo Santo Agostinho.
Ademais, a palavra Pushkara que quer dizer, Loto, lago, etc., não só se refere ao 7º continente (e até ao globo planetário de que tal continente é sua sombra segundo a fórmula hermética de que, “o que está em cima é como o que está embaixo”), como ao do sétimo e último Centro de força ou Chacra (roda, loto, etc., etc.), situado no alto da cabeça e com os vários nomes de “Loto das Mil Pétalas”, Coronal, Sahasrara, Brahmananda, etc., etc., por ser a Sede espiritual (no homem), para não dizer, onde figura aquele mesmo
Princípio: Átmico ou Crístico, contrariamente ao Muladhara, que é o 1º e situado no “cóccix” ou fim da coluna vertebral, conforme o seu próprio nome indica, isto é, “Mula” – raiz, e “dhara” – o fogo, etc., isto é, “lugar onde se acha o fogo”, etc. etc.). 
E tudo isso muito bem simbolizado naquele formoso conto infantil da “Bela Adormecida no bosque”, à espera do príncipe heróico que a viesse desencantar de tão penoso letargo. E cujo “príncipe”, no caso vertente, outro não é, senão, o Eu-Consciência imortal que se acha justamente do ladooposto ou no supracitado chacra “Coronal”.
O alquimista João Tritemo, instrutor de Cornélio Agripa – abade dos beneditinos em Spanheim, dizia: “Deus é um fogo essencial e sempre aceso em todas as coisas e, sobretudo, no homem. Deus é fogo, porém, nenhum fogo pode arder, nenhuma luz pode brilhar na natureza, sem o ar que ativa a combustão. De igual modo, em nosso interior deve agir o Espírito Santo, como Sopro emanado de Deus.
“Cada coisa é uma Trindade de Fogo, Luz e Ar. Em outras palavras: o Espírito (o Pai), é uma Luz divina super-essencial; o Filho é a Luz manifestada e o Espírito Santo, o ar, o movimento divino super-essencial.

“O Fogo reside no coração (já que aí é a câmara de Kundalini, dizemos nós), e distribui seus raios por todo o corpo humano, dando-lhe
vida; porém, não nasce nenhuma luz desse Fogo sem o espírito de santidade”.

As grandes fendas ou aberturas que se notam, ainda, nos restos ciclópicos de várias partes do mundo, explicam a afirmativa de
que os “lemurianos eram de estatura gigantesca”. Tais fendas ou aberturas não são mais do que as portas e janelas de suas residências.

Kusha (sânscr.) significa: “inebriado”, “em delírio”. (Poa cynosmoides: planta com que se fazia um licor sagrado). Coincidência ou não, o fato é que todos esses significados se adaptam à exaltação, inebriamento, delírio, etc., da raça atlante, principalmente quando entrou em decadência. Ademais, seu estado de consciência (Manas inferior, Kama-manas) faz subentender tudo isso.
O primeiro trabalho a que nos propúnhamos levar a cabo tratava com grandes detalhes dos dois continentes desaparecidos (Lemúria e
Atlante), por isso mesmo, com citações dos melhores autores sobre o assunto.
Conduzimos, no entanto, o leitor interessado em tal assunto, ao estudo do eminente Teósofo Roso de Luna, publicado nesta revista (número de Janeiro a Março de 1930), com o título de Os Ensinamentos orientais e a Geologia (Os 3 continentes: Hiperbóreo, Lemúrio e Atlante); do mesmo modo, à valiosíssima obra do mesmo autor: De Sevilha a Yucatan, etc.
Trataríamos, do mesmo modo, das grandes catástrofes que têm assolado o mundo, provando que não houve apenas o dilúvio bíblico, mas vários outros. Nesse sentido, aconselhamos o leitor a consultar uma obra bastante interessante, que é a Doutrina Esotérica, de Ernest Bosc, se é que não prefere a Doutrina Secreta de H. P. B., por ser a mais completa e valiosa entre todas que até hoje se tem lançado ao mundo (Cosmogênese, Antropogênese, Sombolismo arcaico das religiões, Apêndice, Miscelâneas).
No entanto, a prova mais concreta existente na face da Terra a respeito da Atlântida, está consubstanciada nas descobertas do grande arqueólogo alemão, Dr. Heinrich Schliemann (descobridor da antiga Tróia) e depois de sua morte, tudo quanto realizou seu neto, Dr. Paul Schliemann.
Da narração feita pelo segundo sobre as descobertas de seu ilustre avô, sobressai esta preciosíssima passagem:
“Quando em 1873, fiz as escavações das ruínas de Tróia, em Hissarlick e descobri na segunda cidade o famoso “Tesouro de Príamo”, dele fazia parte um jarrão de forma peculiar e de grande tamanho. Dentro do mesmo se achavam algumas peças de ourivesaria,
imagens pequenas de um metal esquisito, moedas desse mesmo metal e objetos de osso fossilizado. Alguns desses objetos e o jarrão de bronze tinham gravado uma frase em hieróglifos fenícios, cuja frase era a seguinte: “Do Rei Cronos da Atlântida”. Perguntamos nós:
“Só isso não seria o bastante para comprovar a existência da Atlântida?” O leitor inteligente pensará melhor ou pior, fazendo a leitura
de toda a narração do Dr. Paul Schliemann, que aliás faz parte da supracitada obra de Roso de Luna, intitulada De Sevilha a Yucatan.
Na primeira parte de nossa Mensagem, quando falamos dos grandes cataclismos que têm abalado o mundo, dizemos: “Um dos maiores foi o desaparecimento da Atlântida e que chega aos nosso dias através de diversos manuscritos e pela tradição, sendo que o mais importante é aquele dos Mayas (povo da América Central) denominado Troano e que se encontra no British Museum. 
Vejamos o que dizem os hieroglifos nele contidos: “No ano VI de Kan (um rei Maia), o undécimo do mes de Zac, produziram-se diversos tremores de terra consideráveis e que continuaram, quase sem interrupção, até o décimo terceiro de Chuen. O país de Mu (a Atlântida) foi inteiramente destruído. Por duas vezes foi ele erguido nas suas partes principais, e na terceira desapareceu por completo; de nada
restou. Foi durante uma noite que as erupções vulcânicas sacudiram este país com um abalo formidável.
Sacudido violentamente em toda a sua extensão, este país acabou por abismar-se no seio das águas, incapaz de suportar por mais tempo, o poder das convulsões cósmicas, por isso mesmo, levando consigo os 64.000.000 de habitantes que possuía, e isso 8.068
anos antes da redação do presente manuscrito”.
Ora, o manuscrito em questão, datava de cerca de 3.500, o que dá 11.556 anos, ou seja, o número mais ou menos indicado pelos brâmanes.
Nos arquivos do antigo templo budista de Lhassa, se pode ver uma não menos arcaica inscrição caldaica, escrita uns 2.000 anos antes
da era cristã, que diz:
“Quando a estrela Baal caiu no lugar onde agora só há mar e céu, as Sete cidades com suas Portas de oiro e Templos transparentes tremeram e estremeceram como as folhas de uma árvore movidas pela tormenta. E eis que uma nuvem de fogo e fumo se elevou dos
palácios; os gritos de agonia da multidão enchiam o ar. Buscavam refúgio em seus templos e cidades, e o sábio Mû, o sacerdote de Ra-mu apresentando-se, disse-lhes: “Não vos predisse tudo isso?” E os homens e as mulheres, cobertos de pedras preciosas e
brilhantes vestes, clamaram: “Mû, salva-nos!” E Mû replicou: “Morrereis com vossos escravos e vossas riquezas, e de vossas cinzas surgirão novas nações. Se estas – por sua vez – esquecerem de que devem ser superiores, não pelo que adquirirem, mas pelo que
derem, a mesma sorte lhes tocará”. As chamas e o fumo afogaram as palavras de Mû e a terra se fez em pedaços, submergindo com seus habitantes, nas profundezas das águas”.

Sim, porque se a raça ária tem por fim o “desenvolvimento do intelecto” (isto é, do mental), por que razão os seus componentes cogitarem de assuntos condizentes com uma evolução – para não dizer, com um estado de consciência inferior ao que ora desenvolve a Humanidade? E dizer-se que estamos na 5ª sub -raça da 5ª Raça -Mãe!...
E tais proibições já eram feitas pelos grandes condutores de povos e outros Iluminados que a este baixo mundo têm vindo. Moisés, por exemplo, chegava ao ponto de castigar os de seu povo que “evocassem as almas dos mortos”. Aquele a quem se teima em chamar de Jesus, ensinava: “Não evocarás as almas dos mortos”. Gotama, o Buda, além dessa proibição, dizia mais: “Eu vos proíbo, ó bhiksús
(monges budistas) o uso de encantamentos e orações, por serem coisas inúteis, porquanto, a Lei do Karma rege todas as coisas; aquele que cuidar de fazer milagres, não compreendeu a lei do Tathágata”. E em outros lugares de seus ensinamentos: “Esgota a lei
de retribuição cármica. Adquire sidhis para o teu nascimento futuro”. Ora, como se sabe, “sidhis” e “poderes psíquicos” são uma só e mesma coisa. Nesse caso, se os desperdiçarmos com pretensos milagres, etc., etc., como possuí-los “em nascimento futuro”?
Certa vez, indo ele à presença do seu protetor, o rei de Prasenajit, pediu-lhe este que fizesse alguns milagres, obtendo como resposta esta lição: “Grande rei, não ensino a Lei aos meus discípulos, dizendo-lhes: Ide, ó santos e aos olhos dos brâmanes e dos pais de família, fazei – graças aos vossos poderes sobrenaturais – milagres superiores àqueles que outro qualquer pudesse fazer. Ao contrário, digo-lhes, quando ensino a Lei: Vivei, ó santos, ocultando as vossas boas ações e mostrando os vossos pecados”.
Do mesmo modo, este outro sapientíssimo conselho: “A mente humana iluminada é maior do que um anjo e um Deus; a razão intuitiva está acima do sacerdote e da revelação; o domínio de si mesmo, melhor do que o jejum, a mortificação e a prece; a caridade, maior
que o sacrifício e o culto”. Seu lema era justiça e de seus ensinamentos se deriva, com grande clareza, a lei de Karma ou de causa e efeito, ação e reação, distribuição e retribuição, através das encarnações da alma em diversos corpos humanos. E não esquecer,
dizemos nós, que tal alma é formada de “skandhas” ou tendências adquiridas nessas várias encarnações – por isso mesmo, aquele que se não alijar das más (tendências) ou as de ordem puramente inferior, impossível se torna alcançar o Divino.
Daí, o que nos ensina A Voz do Silêncio: “Nada desejes. Não te irrites contra o Karma, nem contra as leis imutáveis da Natureza. Luta, apenas, contra o pessoal, transitório, efêmero e mortal”.
“Não deve esquecer o Teósofo – dizia o imortal Roso de Luna – que, ‘devoção’ vem de ‘devas’ e ‘man’, ‘manu’ – o homem – vem do radical sânscrito ‘manas’ – o pensamento (com vistas à raça atual), por isso mesmo, só exercitando a sua própria mente com o estudo (o grifo é nosso), mas não suplicando favores de ninguém, por mais elevado que seja, poderá ele chegar a ser um ‘welsungo’, um ‘divino rebelde’, um herói, em suma: um Prometeu.
Em resumo, dizemos nós: queiram ou não os mais entendidos, tais práticas levadas a efeito, atualmente, são as mesmas dos “rakshasas negros” da 4ª sub -raça atlante. Por isso mesmo, consciente ou inconscientemente se vive em harmonia com eles – pouco importa a opinião de quem, hoje – com todos os seus títulos e galardões teosóficos, oferece ao mundo, como última palavra, “que tais seres são muito gentis... e até seus amigos, etc., etc.” E isso, pelo simples fato (mais do que conhecido) de que a Lei é uma só, tanto para Brancos, como para negros, mas cuja única diferença está no fim a que se destinam: se para o Bem, Magia Branca; se para o
Mal, Magia Negra.
E tal afirmativa, baseada em certas palavras do Mahatma K. H. em uma de suas cartas – aliás, como outras, pessimamente interpretadas por quem só “enxerga a letra que mata”, ao invés do “espírito que vivifica”!...
Ninguém ignora, ainda, que dessas duas oposições ou antagonismos (como tudo na vida) nasce o equilíbrio perfeito das coisas (de acordo com o “Daemon est Deus inversus” da Cabala). Porém, o que nem todos sabem e outros fingem ignorar, é que conviver-se
com tais seres, ou melhor, se essas duas forças antagônicas se unem estreitamente... impossível se torna distinguir uma da outra!...
Assim, mil vezes seria preferível calar-se do que anunciar tal coisa e, mui especialmente, diante de espíritos fracos (“fanáticos” que a tudo dizem Amém, até mesmo, às maiores contradições!) Coisas deste fim de ciclo apodrecido e gasto! Semper ad eventum festinat. E basta... para uma simples anotação.

Sabemos de alguns espíritas que ridicularizam as teorias teosóficas – mui especialmente quando confundem corpos com princípios,
no homem.
Mas não são eles propriamente os culpados, e sim, a maioria dos livros teosóficos que, usando de linguagens arrevesadas e empregando vários termos para explicar a mesma coisa, estabelecem enormíssima confusão nas mentalidades consideradas jovens em tão transcendente assunto. Quem busca tais livros é porque, de fato, deseja aprender algo que não conhece, ao menos aparentemente, porquanto a Verdade dorme no imo de cada homem, tal como já explicamos em outros lugares e comparando-A ao
conto iniciático de “A Bela Adormecida no Bosque” – cujo bosque ou “floresta negra”, outro não é, senão, o de Avidya, a ignorância, ou melhor, falta dos conhecimentos necessários à humana redenção.
Assim é que, aquele que se propõe “a despertar consciências adormecidas” deve empregar linguagem simples e clara – algo assim como – se quisesse criar no mundo mental, um “Jardim de Infância” apropriado à educação de jovens mentalidades, pouco importa se amadurecidas no que a ciência oficial pretende ser real e verdadeiro. E isso estabelecendo uma corrente mútua de fraternidade entre si e os que o lêem, já que “o pão espiritual” é a maior de todas as caridades, embora que discordemos do termo grifado, substituindo-o pelo de Dever, tal como o exige a Lei desde que a Humanidade se tornou digna de possuir tal nome (“Daí com a esquerda para que a
direita não veja”).
Infelizmente, “essas mentalidades amadurecidas na ciência chamada positiva”, ou não ligam importância à Teosofia (esquecendo que não só a sua ciência, como tudo mais quanto existe na face da Terra – inclusive as “religiões” – têm nela a sua origem), ou se o fazem,
é às ocultas, para “não passarem pelo ridículo, perante outros enfatuados sábios de perder seu precioso tempo e mentalidade de escol com assunto tão banal... como é o teosófico”. São para tais “enfatuados sábios” aquela famosa sentença do Niti-xataca de Bhartrikari:

“É fácil chegar-se a um acordo com o ignorante; muito mais fácil ainda, com o que sabe distinguir as coisas; mas ao homem enfatuado 
com um saber insignificante, nem Brahmã é capaz de o convencer”...
Voltemos ao caso a que pertence esta anotação:
Como se sabe, o homem possui 3 corpos: Físico, Astral (Psíquico ou Anímico – o “perispírito” dos espíritas) e o Espiritual. Segundo Plutarco, o Físico ligado à Terra; os Astral ou Psíquico, ligado à Lua e o Espiritual, ao Sol (mas que se não tome esses Sol e Lua como
os que a ciência conhece com tais nomes... mas outros ocultos!).
Existe uma outra teoria para os 3 componentes com que se apresenta o homem na terra, cuja teoria, não deixa de ser mais do que
certa: Alma animal, Alma humana e Alma divina.
Pois bem, com esse corpo (que é a integralização do Tres em Um, já explicado no capítulo anterior desta Mensagem – inclusive quando se lhes compara à “Vina de Shiva” com as suas 3 cordas, gunas ou qualidades de matéria, os 3 sóis e outras coisas mais) ele tem que atravessar, para não dizer, adquirir Sete estados de consciência e isso... de acordo com aqueles “sete princípios” com que tanto implicam os espíritas, os católicos e outros mais. Tais princípios, como se sabe, são o físico – Rupa; Vitalidade (Etéreo – Prana
ou Jiva); Astral – Linga Sharira; Alma animal – Kama-rûpa; Alma humana – Manas; Alma espiritual – Budhi e Espírito – Atmâ.
O fato está mui bem expresso na questão das 7 Raças de cada Ronda. Como se viu, nós estamos na 5ª (a ária) que “desenvolve Manas, o Mental” (ou o que se preferiu chamar de alma humana). Embrionariamente o homem possui os outros 2 princípios que lhe
faltam, mas de fato, ele tem ainda que galgar os dois degraus da 6ª e 7ª Raças -Mães finalizadoras da Ronda e, por isso mesmo, onde tais estados de consciência, como dissemos, serão desenvolvidos.
Do mesmo modo, tais princípios se acham estreitamente ligados aos “Sete Centros de Força ou Chacras”, conforme já explicamos inúmeras vezes, e é a razão dos mesmos estarem localizados, ou melhor, se encontrarem no “duplo etérico” e receberem “a força primordial” do Astral...

O pouco que dissemos na anotação 21 (anotação nº 7 desta transcrição) a tal respeito, faz com que o leitor inteligente possa descobrir o resto por si mesmo.

(Fonte: Revista Dhâranâ da Sociedade Brasileira de Eubiose nº 15 e 16 - Julho a dezembro de 1960).


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