Filme Dashavatar..

Gostei muito da forma como foi contada e ilustrada a história e acho instrutiva para crianças de 0 a 1000 anos de idade! O filme é uma odisséia pelo tempo, mostrando os valores do velho mundo, combinando com realidade dos tempos atuais ...Dashavatar é um épico envolvente que celebra o triunfo recorrente do bem sobre o mal - dez vezes! É um produção animada de expressiva qualidade,  realizada por uma das indústrias indianas, concorrentes de Bollywood, do estado de Tamil Nadu, cujo nome popular é Kollywood, derivado de Hollywood com Kodambakkam, o bairro em Chennai (antiga Madras) onde estão instalados os principais estúdios.




Vishnu, o todo penetrante, é, na mitologia purânica, o deus conservador e sustentador da criação. É um deus basicamente benigno, embora não lhe faltem os aspectos terríveis. Ostenta quatro atributos: o disco de arremessar (chakra), arma de guerra e símbolo de poder, a flor de lótus (padma), a trompa de concha (shankha) e o bordão (gada).  O termo Avatar se aplica ao deus Vishnu, que, a cada final de uma era ou yuga, desce à Terra para trazer proteção dos céus, por meio de uma mensagem espiritual renovada para cada ciclo ou era. A descida ou a chegada do avatar também significa que uma era está chegando ao final, após a fase de transição, que é farta de provações difíceis e, por vezes, até terríveis, mas que uma nova era ou um novo ciclo está se iniciando, com uma nova energia, com uma nova vibração e com uma nova percepção de mundo. 
Durante o período vêdico, Vishnu que foi uma deidade secundária, adquire cada vez maior prestígio durante o classicismo hindu. Seu ciclo é um dos mais complexos do hinduísmo, o que mostra sua popularidade. Dashavatar significa 10 avatares ou manifestações de Vishnu. Dizem que ele já teve dezenas de manifestações corpóreas, mas dessas, as mais populares são dez. Os quatro primeiros são não humanos (teriomórficos) e correspondem à idade de ouro (krta yuga). 
Matsya é o deus-peixe que resgata o legislador Manu do dilúvio, entregando-lhe os Vedas, o conhecimento sagrado. 
Como KúrmaVishnu assume a forma de uma tartaruga, que serve de pivô no episódio da batida do oceano de leite, em que deuses e asuras (demônios) unem seus esforços para bater o mar (samudramánthana), do qual surgirão o amrita, elixir da imortalidade, os tesouros submersos, as apsaras, ninfas celestiais e, finalmente, Lakshmí, a deusa da beleza e da fortuna, com quem Vishnu casará. 
Varáha é o javali que resgata a terra do fundo do oceano primordial, dividindo-a posteriormente em sete continentes e outorgando-lhe a vida. 
Narasimha é o homem-leão matador do demônio Hiranyakáshipu, que torturava seu próprio filho, devoto de Vishnu. Este demônio havia obtido de Brahmá o privilégio de não poder ser morto por deus, homem ou animal algum, nem de dia nem de noite, nem dentro nem fora do seu palácio. Vishnu transforma-se então numa criatura híbrida (nem homem, nem animal) e o ataca na hora do crepúsculo (nem dia, nem noite) na soleira da porta do palácio (nem dentro, nem fora), arrancando suas vísceras. 
Na idade de prata (treta yuga), Vishnu encarna como Vamana, Parashuráma e Ráma. A quinta encarnação, Vamana, é o anão que resgata o universo das mãos do demônio Bali, que o havia subjugado. Vamana aparece perante Bali e lhe pede humildemente a terra que possa cobrir com três passos. Concedido o desejo, o anão aumenta repentinamente de tamanho, cobrindo com o primeiro passo a totalidade do mundo terrenal, os céus com o segundo, e sepultando o demônio no mundo subterrâneo com o terceiro. 
Parashuráma ("Ráma com o machado") é o restaurador das castas na disputa entre brahmanes e kshatriyas, sacerdotes e guerreiros. 
Ráma (o Encantador) é o rei de Ayodhya, modelo exemplar do legislador. Ele é o herói do Rámáyána, um dos épicos do hinduísmo onde se narram as mil aventuras que viveu para resgatar a sua esposa Sítá das mãos do demônio Rávana, seu raptor. Sítá e Ráma são o paradigma perfeito dos amantes. A grande celebração a Rama, com o tradicional Yajna, chamado Rama Navami, acontece entre março e abril de cada ano; em 2011 será dia 12 de abril.

Krishna, a oitava encarnação, surge na idade de bronze (dvapara yuga), aparecendo na Bhagavad Gítá como o cocheiro de Arjuna, jovem príncipe a quem ensina a viver em harmonia com o karma, tendo como pano de fundo a batalha fratricida de Kurukshetra, que representa a dinâmica da própria vida. A grande celebração a Krishna, com o tradicional Yajna, chamado Krishna Janmashtami, acontece entre agosto e setembro de cada ano;

Na idade de ferro (kali yuga, "era do conflito") ele encarna como Buddha. Buddha, o nono avatara, é uma tentativa de integrar a heterodoxia budista no hinduísmo que demonstra a abertura, pluralidade e tolerância da religião hindu. (obs: há discordância entre os estudiosos, de que Budha teria sido um avatar de Vishnu) Finalmente Kalki, (o Humilde) é o avatar que ainda não veio. Vários Purânas o representam montado num cavalo branco e empunhando uma espada de fogo. Sua tarefa será a de destruir este mundo (yuga) e fundar a nova Era de Ouro, ou Era da Verdade (satya-yuga). No meio do caos surgirá este avatara para restabelecer a ordem do dharma, a lei da justiça. Esta encarnação é representada como um homem com cabeça de cavalo e quatro braços, ou ainda pelo próprio Vishnu, rodeado dos seus atributos usuais, empunhando uma espada e montado num cavalo branco. Nesta era de guerras, invasões e incompreensão entre os povos, certamente estamos precisando da presença de Kalki.  


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Texto retirado da internet.




                                            

                                                Om Namo Narayanaya! 


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