Só é preciso Amar..

        


É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Por que se você parar pra pensar
Na verdade não há..

Sou uma gota d'água
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais não lhe entendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo
Isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?

RENATO RUSSO

NOSSO MEDO MAIS PROFUNDO..



                         Nelson Mandela


Nosso medo mais profundo não é o de sermos 
inadequados.                                                         
Nosso medo mais profundo é de sermos 
poderosos além da medida.
É a nossa luz, não nossa escuridão, o que mais 
nos assusta.
Nós nos perguntamos, Quem sou eu para ser 
brilhante, interessante, talentoso e fabuloso?
Na realidade, quem é você para não ser?
Você é um filho de Deus.
Fazer papel pequeno não serve ao mundo.
Não tem nada de iluminador em se encolher
de forma que outras pessoas em volta de você 
não se sintam inseguras.
Nós nascemos para manifestar a glória de Deus 
que está dentro de nós.
E não está só em alguns de nós, está em todo 
mundo.
E quando deixamos a nossa própria luz brilhar,
inconscientemente, damos a outras pessoas,
permissão para fazerem o mesmo.
Quando nos libertamos dos nosso medos, nossa 
presença automaticamente liberta os outros!


Autor: Nelson Mandela.




Astrônomos anunciam a descoberta de 16 “Super Terras”

Astrônomos europeus anunciaram a descoberta de cinquenta novos planetas. Esses novos planetas incluiriam 16 “Super Terras” segundo afirmação dos próprios. Eles também afirmam que um dos dezesseis planetas tem o potencial de abrigar vida, se as condições forem adequadas.
O relatório dos EXO-planetas recém-descobertos foi apresentado em uma importante reunião de astronomia nos E.U.A. Esses novos planetas foram descobertos com a ajuda do telescópio HARPS (sigla em inglês para localizador de planetas de alta precisão) no Chile. Este telescópio tem ajudado na descoberta de cerca de 150 planetas fora do nosso Sistema Solar.


As Super Terras que foram descobertas são maiores do que nosso próprio planeta, mas não tão grandes como planetas como Netuno. Um dos mundos identificado como HD 85512 b é muito maior do que o nosso planeta Terra e tem uma massa estimada de mais de 3.6 vezes a da Terra. Este planeta tem grande potencial para ser habitável, conforme a distância deste planeta de sua estrela está perto o suficiente para a água estar presente lá.
Michael Mayor representando a Universidade de Genebra, na Suíça e o líder da equipe de HARPAS foi citado como dizendo que:
“A detecção do HD 85512 b está longe de ser o limite do HARPS e demonstra a possibilidade de descobrir outras super terras nas zonas habitáveis em torno de estrelas semelhantes ao sol”.
O planeta HD 85512 b foi descoberto oficialmente em agosto. E esta cerca de 35 anos-luz de distância do nosso planeta. A temperatura do planeta segundo especialistas seria de 25 graus Celsius, o que equivale a cerca de 77 graus Fahrenheit.
Fonte: Yahoo News

Depoimento de um soldado..




A aquisição de consciência muitas vezes advém da dor... 

Mas realmente só será conquistada pelo Verdadeiro Amor..



Cada um segundo a sua natureza..




Monge e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão.
Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o bom homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.
Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados:
- Mestre, deve estar doendo muito! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia a sua compaixão!
O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:
- Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.


Apenas um pedido..



Homem: Deus, posso fazer uma pergunta?
Deus: Claro meu filho!

Homem: O que é um milhão de anos para o senhor?
Deus: Apenas um segundo.
Homem: O que é um milhão de dolares para o senhor?
Deus: Apenas um centavo.
Homem: O senhor pode me dar um centavo?
Deus: Claro!  Aguarde só um segundo.

(Autor Desconhecido).



Filme Dashavatar..

Gostei muito da forma como foi contada e ilustrada a história e acho instrutiva para crianças de 0 a 1000 anos de idade! O filme é uma odisséia pelo tempo, mostrando os valores do velho mundo, combinando com realidade dos tempos atuais ...Dashavatar é um épico envolvente que celebra o triunfo recorrente do bem sobre o mal - dez vezes! É um produção animada de expressiva qualidade,  realizada por uma das indústrias indianas, concorrentes de Bollywood, do estado de Tamil Nadu, cujo nome popular é Kollywood, derivado de Hollywood com Kodambakkam, o bairro em Chennai (antiga Madras) onde estão instalados os principais estúdios.




Vishnu, o todo penetrante, é, na mitologia purânica, o deus conservador e sustentador da criação. É um deus basicamente benigno, embora não lhe faltem os aspectos terríveis. Ostenta quatro atributos: o disco de arremessar (chakra), arma de guerra e símbolo de poder, a flor de lótus (padma), a trompa de concha (shankha) e o bordão (gada).  O termo Avatar se aplica ao deus Vishnu, que, a cada final de uma era ou yuga, desce à Terra para trazer proteção dos céus, por meio de uma mensagem espiritual renovada para cada ciclo ou era. A descida ou a chegada do avatar também significa que uma era está chegando ao final, após a fase de transição, que é farta de provações difíceis e, por vezes, até terríveis, mas que uma nova era ou um novo ciclo está se iniciando, com uma nova energia, com uma nova vibração e com uma nova percepção de mundo. 
Durante o período vêdico, Vishnu que foi uma deidade secundária, adquire cada vez maior prestígio durante o classicismo hindu. Seu ciclo é um dos mais complexos do hinduísmo, o que mostra sua popularidade. Dashavatar significa 10 avatares ou manifestações de Vishnu. Dizem que ele já teve dezenas de manifestações corpóreas, mas dessas, as mais populares são dez. Os quatro primeiros são não humanos (teriomórficos) e correspondem à idade de ouro (krta yuga). 
Matsya é o deus-peixe que resgata o legislador Manu do dilúvio, entregando-lhe os Vedas, o conhecimento sagrado. 
Como KúrmaVishnu assume a forma de uma tartaruga, que serve de pivô no episódio da batida do oceano de leite, em que deuses e asuras (demônios) unem seus esforços para bater o mar (samudramánthana), do qual surgirão o amrita, elixir da imortalidade, os tesouros submersos, as apsaras, ninfas celestiais e, finalmente, Lakshmí, a deusa da beleza e da fortuna, com quem Vishnu casará. 
Varáha é o javali que resgata a terra do fundo do oceano primordial, dividindo-a posteriormente em sete continentes e outorgando-lhe a vida. 
Narasimha é o homem-leão matador do demônio Hiranyakáshipu, que torturava seu próprio filho, devoto de Vishnu. Este demônio havia obtido de Brahmá o privilégio de não poder ser morto por deus, homem ou animal algum, nem de dia nem de noite, nem dentro nem fora do seu palácio. Vishnu transforma-se então numa criatura híbrida (nem homem, nem animal) e o ataca na hora do crepúsculo (nem dia, nem noite) na soleira da porta do palácio (nem dentro, nem fora), arrancando suas vísceras. 
Na idade de prata (treta yuga), Vishnu encarna como Vamana, Parashuráma e Ráma. A quinta encarnação, Vamana, é o anão que resgata o universo das mãos do demônio Bali, que o havia subjugado. Vamana aparece perante Bali e lhe pede humildemente a terra que possa cobrir com três passos. Concedido o desejo, o anão aumenta repentinamente de tamanho, cobrindo com o primeiro passo a totalidade do mundo terrenal, os céus com o segundo, e sepultando o demônio no mundo subterrâneo com o terceiro. 
Parashuráma ("Ráma com o machado") é o restaurador das castas na disputa entre brahmanes e kshatriyas, sacerdotes e guerreiros. 
Ráma (o Encantador) é o rei de Ayodhya, modelo exemplar do legislador. Ele é o herói do Rámáyána, um dos épicos do hinduísmo onde se narram as mil aventuras que viveu para resgatar a sua esposa Sítá das mãos do demônio Rávana, seu raptor. Sítá e Ráma são o paradigma perfeito dos amantes. A grande celebração a Rama, com o tradicional Yajna, chamado Rama Navami, acontece entre março e abril de cada ano; em 2011 será dia 12 de abril.

Krishna, a oitava encarnação, surge na idade de bronze (dvapara yuga), aparecendo na Bhagavad Gítá como o cocheiro de Arjuna, jovem príncipe a quem ensina a viver em harmonia com o karma, tendo como pano de fundo a batalha fratricida de Kurukshetra, que representa a dinâmica da própria vida. A grande celebração a Krishna, com o tradicional Yajna, chamado Krishna Janmashtami, acontece entre agosto e setembro de cada ano;

Na idade de ferro (kali yuga, "era do conflito") ele encarna como Buddha. Buddha, o nono avatara, é uma tentativa de integrar a heterodoxia budista no hinduísmo que demonstra a abertura, pluralidade e tolerância da religião hindu. (obs: há discordância entre os estudiosos, de que Budha teria sido um avatar de Vishnu) Finalmente Kalki, (o Humilde) é o avatar que ainda não veio. Vários Purânas o representam montado num cavalo branco e empunhando uma espada de fogo. Sua tarefa será a de destruir este mundo (yuga) e fundar a nova Era de Ouro, ou Era da Verdade (satya-yuga). No meio do caos surgirá este avatara para restabelecer a ordem do dharma, a lei da justiça. Esta encarnação é representada como um homem com cabeça de cavalo e quatro braços, ou ainda pelo próprio Vishnu, rodeado dos seus atributos usuais, empunhando uma espada e montado num cavalo branco. Nesta era de guerras, invasões e incompreensão entre os povos, certamente estamos precisando da presença de Kalki.  


*
Texto retirado da internet.




                                            

                                                Om Namo Narayanaya! 


O que quero?




O que quero?
A riqueza não pode me dar..
Nem a pobreza tirar..
Quero a alegria do sorriso sincero..
O calor do abraço verdadeiro..
A pureza do sentimento..
O sopro do vento..
Quero desperto no peito..
Daquele jeito..
Jeito menino..
Menino 
carente, menino valente..

De repente adolescente..
Que já amou 
desesperadamente..

Total desequilíbrio, entre coração e mente..
Porém amadureceu, naturalmente..
Agora um homem que clama, insistentemente..
O que quero? O que quero?
Apenas equilíbrio..  

Entre coração e mente..

AFC.

Amor próprio..



Alguns dizem te amar.
Outros dizem que não.
Poucos realmente te amam.
O Amor que tens por si é o mais importante.
Neste reside o verdadeiro poder.
O poder de amar a todos!
Sem distinção..

AFC.



Desvelando a origem dos Mestres, por: Henrique José de Souza.


Gupta Vidya por Henrique José de Souza.

Nenhum Ser de tão elevada expressão como Jesus, nasceu jamais num estábulo... Pelo contrário, em todas as teogonias, o nascimento de Seres Iluminados se verifica sempre no seio de famílias nobres, abastadas, de sangue real.

Gautama, o Buda, era o Príncipe Sidarta, de Kapilavastu; abandonou riquezas, palácios, títulos e bens terrenos para conviver com os humildes da plebe, viajando como um nômade, ensinando as verdades do espírito para plantar a semente da salvação sobre seus passos e criou gerações de discípulos cujas luzes iluminam os séculos dos povos orientais. Seu nascimento foi marcado pelos mesmos mistérios que envolvem o de todos os Seres da Divina Hierarquia. Um deva de luz ou anjo o anunciou à sua mãe que, antes de concebê-lo, teve a visão de um elefante branco ostentando o Loto das Mil Pétalas, como símbolo da Centelha Divina manifestada na Terra.

Os grandes iluminados nunca nasceram de pais indigentes, muito menos em um côcho ou mangedoura. Se assim fosse, menores teriam sido seus sacrifícios e renúncias em favor da humanidade. Não poderiam sentir em todos os seus horrores as agruras da miséria dos homens se nela tivessem nascido.

Jesus, o Cristo, cujo nome original era Jeoshua Ben Pandira (O Filho de Deus, melhor que "o filho do homem") não nasceu nas paupérrimas circunstâncias descritas pela tradição exotérica, por isso que era um Ser proveniente de Salém, a Cidade Luz das escrituras hebraicas, que é a mesma misteriosa SHAMBALLAH das tradições orientais, "a ilha imperecível que nenhum cataclismo jamais poderá destruir".

Segundo a lenda cristã, quando Jesus nasceu foi visitado por três Reis Magos do Oriente. Qual a verdade que se oculta nessa lenda? Eis a nossa resposta: os Três Reis Magos representam os Três Chefes do Governo Oculto do Mundo (sob o ponto de vista de Governo Espiritual).

Representam os Três Chefes ou Triumvirato governador da AGARTHA, que são: o Chefe Supremo que possui o título de Brahâtmâ ou Brahmâtmâ (apoio das almas no Espírito de Deus) e seus Dois Assessores ou Colunas:



o Mahâtmâ, representando a Alma Universal, e o Mahanga, símbolo de toda a organização material do Cosmos. Segundo Ossendowski, o Mahâtmâ conhece todos os acontecimentos futuros e o Mahanga dirige as causas desses mesmos acontecimentos; quanto ao Brahâtmâ, pode falar com Deus face a face.

O Mahanga oferece ouro ao Menino-Deus, e o saúda como Rei; o Mahâtmâ oferece-Lhe incenso e o saúda como Sacerdote; enfim, o Brahâtmâ oferece-lhe mirra (o bálsamo da incorruptibilidade, imagem de Amritâ), e Lhe dá as boas vindas como Profeta, o Mestre espiritual por excelência. Desse modo, o Cristo recém-nascido é homenageado nos Três Mundos, como sendo seus próprios domínios. Maitréia significa, igualmente, o Senhor das Três Mayas, ou dos Três Mundos.

Na tragédia do Gólgota, diz a tradição vulgar, a cruz de Jesus é ladeada pelas de dois "ladrões". Na Maçonaria o grão-mestre é ladeado por duas "colunas", J. e B., iniciais de Jakim e Bohaz, que coincidem, significativamente, com outras da biografia daquele Iluminado: Jeoshua Ben Pandira, os nomes das cidades onde nasceu e expirou, Belém e Jerusalém, o nome de João Batista, seu Arauto ou Iokanã que o batizou no Rio Jordão, no momento em que sobre Ele desceu o fogo do Espírito Santo simbolizado na pomba imaculada.

Todos os grandes seres, antes de consignarem sua presença entre os homens através do ventre de uma mulher "eleita", são anunciados por outros seres também de grande excelsitude, que são os Iokanãs. Este vocábulo pode ser decomposto em Io, com o significado de "o grande princípio universal feminino" ( Ísis, Maya, Lua, etc.), e Canã ou Canaã, a terra da promissão. Na melhor interpretação, Iokanã é aquele que conduz, anuncia alguém, pelo Itinerário de Io ou de Ísis, o Caminho Real por onde deve passar um novo clã, família, raça. Caminho de Io ou de Ísis é o caminho percorrido pelas Mônadas. IO dá ainda a figura aritmética dez, podendo ser relacionado com a décima lâmina do Taro divinatório dos boêmios que simboliza a Roda da Fortuna, a roda dos nascimentos e das mortes nos três mundos. Quem faz girar essa Roda é o Divino Rotan, o Chakravarti, o mesmo Senhor dos Três Mundos.

Duplicando-se o monossílabo IO, temos IOIO, que pode também significar mil e dez; substituindo-se a segunda e quarta vogal por S, temos ISIS, e permutando-se a posição dos dois últimos algarismos (01) forma-se o mil e um que faz lembrar as Mil e Uma Noites dos maravilhosos contos iniciáticos, nos quais se encerram profundos mistérios ligados ao longo e sinuoso Itinerário de IO ou de ISIS. Tais mistérios, na sua totalidade, são conhecidos apenas pelo Supremo Arquiteto como Logos Criador, do qual se têm emanado ciclicamente os Avataras Divinos, que vêm com a Sua palavra (a Boa Nova de cada ciclo) impulsionar as mônadas (para tanto "julgadas" aptas) pelo extensíssimo IO.

Assim foi com Krishna, Buda e Cristo e com todos os outros Iluminados que têm vindo a este mundo inferior. E há de ser assim em futuro próximo, isto é, no começo do século XXI com a Nova Manifetação cíclica do Grande Senhor, o MAITRÉIA BUDA. Este Glorioso Ser, o Kalki-Avatara das tradições multimilenares, é também denominado o Cavaleiro Akdorge, que virá esmagar o dragão do Mal que ameaça devorar a Bela Princesa acorrentada à porta do palácio, que outra não é senão a própria humanidade encarcerada nas trevas das superstições e da ignorância, mãe dos erros de toda espécie.

Maitréia, o Senhor dos Três Mundos ou das Três Mayas, cavalgando seu corcel branco, simboliza o Ternário Superior do Espírito, dominando e dirigindo o Quaternário inferior da persona, e pessoa do homem físico, ou seja, o veículo denso através do qual o Som, o Verbo se expressa...

Quanto ao Papai Noel, este bom velhinho de longas barbas de neve carregando às costas um grande saco de brinquedos e presentes para alegrar os corações de crianças e adultos no dia 25 de dezembro, quem é Ele? Quem inventou essa personalidade tão generosa quanto pontual no cumprimento do seu dever de renovar anualmente as esperanças da humanidade? Quem diz todos os anos, diz "ciclicamente".

Podemos vislumbrar nessa maravilhosa personalidade natalina o Pai Onipotente, de infinita bondade, que se manifesta de ciclo em ciclo para premiar os homens que se mantiveram fiéis ao Espírito de Verdade, presenteando-os com a Boa Nova, isto é, com novos conhecimentos que propulsionam o progresso das mônadas, através de mais uma etapa no longo Itinerário de IO.

E a Árvore de Natal, essa dadivosa planta que nos oferece no fim de cada ano brilhantes frutos simbolizados nas bolas de ouro, de turqueza, esmeralda e rubi? Ela exprime a Árvore Sefirotal, representa a Árvore dos Avataras, sendo o seu tronco o Bija ou Semente de todos Eles, a Árvore da Vida plantada no Quaternário da Terra, que floresce e produz maravilhosos frutos de ciclo em ciclo. Ela nos diz também da Árvore de Bodhi, ou da Sabedoria divina, cujos vários ramos com seus frutos multicores significam os diversos aspectos e as múltiplas expressões da Verdade Única, da Eterna Verdade apregoada aos homens pelos Avataras cíclicos.

FIAT LUX!

Fernando Pessoa e a Filosofia Hermética




A filosofia hermética assume-se como uma das facetas mais importantes do pensamento de Fernando Pessoa. Se é verdade que é na obra poética que se dá a grande realização de Fernando Pessoa, não é menos verdade que a contínua reflexão filosófica e religiosa, é uma faceta igualmente importante que convém revelar.
Em certos poemas de Alexander Search, o heterónimo juvenil, revela-se já o interesse pelo ocultismo.
O ocultismo é precisamente uma das chaves da pluralidade de que ele se reclama.
"Todos os que pensam ocultistamente criam em absoluto todo um sistema do Universo, que fica sendo real. Ainda que se contradigam: há vários sistemas do universo, todos eles reais". (Textos Filosóficos I).
Um dos seus projectos de conto, arquivado no espólio, tem precisamente por título O Filósofo Hermético. Aqui define o oculto "como o interno, a outra face das coisas", e diz ainda que o oculto "significa o que não é presente, o que não é actual... o que já passou, o que virá a ser e também o que é, mas nós não o conhecemos".
A criação literária é para Fernando Pessoa, uma das faces do mistério iniciático. Mistério que se encontra subjacente na Mensagem, na heteronímia, no diálogo entre os vários poetas.
A iniciação única e sempre a mesma, que se encontra no pensamento filosófico, como na actividade literária é a do desdobramento que na criação se verifica desde o primeiro ser. Desdobramento, multiplicação, que depois de assumidos e esgotados permitem a unidade pela transcendência.
Em Essay of Initiation ele identifica transcendência com a fusão de toda a poesia lírica, épica e dramática: "O meu destino pertence a outra lei...", escreve numa carta a Ofélia.
A perfeição, para os gnósticos supõe a androginia, o regresso ao estado de pureza original do Eden.
A energia sexual deve ser canalizada para outros tipos de actividades. No poema Eros e Psique (1934) apontará uma via e uma revelação (com uma epígrafe tirada do Ritual do Grande Mestre do Átrio da Ordem Templária de Portugal).
Este gnosticismo, explica talvez parte da dificilmente explicável filosofia de Pessoa, que é hermética, mas numa multiplicidade de sentidos, apenas comparáveis aos múltiplos da heteronímia.
Explica também a recusa do casamento e a ausência da mulher na sua obra. "Sentir tudo de todas as maneiras" é um elo bem explícito, entre a filosofia hermética e a prática dos heterónimos, a maneira que tem de se entregar à multiplicidade até chegar à unidade, ao não-diferenciado.
A visão do mundo do poeta é altamente sincrética. A busca, como a iniciação, diz respeito a três ordens de coisas - 1- A verdadeira natureza da alma humana, da vida e da morte; 2- A verdadeira maneira de entrar em contacto com as forças secretas da natureza e manipulá-las; 3- A verdadeira natureza de Deus ou dos Deuses e da criação do mundo (Esp. 54-97).
Fernando Pessoa revela-se venerador de um Deus-Mundo, de um Deus-Homem e um Deus-Deus-Reflexo do Espírito Santo, do Filho e de Si Mesmo "manifestação de si mesmo a si mesmo, hermafrodita espírito-matéria", segundo diz num apontamento sobre a Kabala (Esp. 54 A-20).
Assim, o simultaneismo da heteronimia é, um verdadeiro exercício espiritual não confessado: "Organiza a tua vida como uma obra literária, pondo nela toda a unidade que fôr possível" (Esp. 28-43).
A Ordem do Subsolo organiza-se à volta de um projecto, a criação de uma ordem interior "Ordem da Emoção", com os seus graus próprios. Os textos apresentados não passam de fragmentos ou projectos semi-alinhavados de ensaios que o poeta não chegou a acabar.
Faz a distinção entre "Ordem Interna" e "Ordem Externa", estabelecendo esquemas e correspondências entre duas ordens.
Faz também alusão a uma ordem de ciência ou de sabedoria que é a da emoção: "Há três ordens de scª: a da vontade, a da inteligência, a da emoção. A intuição é a inteligência da emoção. Mas a emoção pura - eis a ciência".
Mais adiante escreve: "O mistério (que é tudo) não é comprehensível se não há emoção. A inteligência não pode compreender o mistério".
Subsolo parece ser o esboço de uma estrutura simbólica servindo de suporte às ordens iniciáticas conhecidas, uma espécie de "assinatura", de "fundamento" de todas as que o poeta procurasse organizar. Ordem simbólica, para o seu entendimento contribui o texto em que se indica a gradação dos vários sentidos dos símbolo, literal, alegórico, moral, espiritual e divino. Para concluir que "numa cadeia racional, tudo é um" (Esp. 54-91).
Encontramo-nos em plena filosofia hermética 1 .
São vários os documentos em que Fernando Pessoa se ocupa da Ordem do Templo, de que se disse filiado, afirmando que ela se encontra em "dormência" desde 1888 (data do seu nascimento). Herdeira da Ordem do Templo, surge em Portugal a Ordem de Cristo, cujo ideário é o mesmo.
No "documento 54 A-29 do Espólio, Fernando Pessoa refere-se ao celebrado Pymandro de Hermes: O que está em baixo é como o que está em cima. Por esta citação se estabelece o elo (que ele deseja ser relacional, mas que não precisa de o ser, quando se trata do oculto) do Subsolo ao Átrio. 2
Pessoa diz que a organização das chamadas Baixas Ordens copia "guardadas as diferenças obrigatórias" a organização das Altas Ordens.
As Ordens do Átrio iniciam por meio de símbolos as Ordens do Claustro, superiores às primeiras, por meio de chaves herméticas, e as Ordens do Templo "iniciam plenariamente - isto é, dizendo e explicando os mystérios" (Esp. 54 A-95).
Ao adepto são pedidas várias vitórias: a vitória sobre o Mundo, a vitória sobre a Carne, a vitória sobre o Diabo (Esp. 53-59/60). Mas no fim do caminho, descobre que "terá o que sempre teve", isto é, que nada lhe é dado exteriormente que ele já não possua primeiro interiormente.
Este é o sentido místico de toda a iniciação. Dá-se "no Ego Íntimo" (Esp. 53-78), em quem morrer o mundo, a carne, o diabo (a tentação de ambos) e que ressurge para uma vida nova, esclarecida, iluminada.
Para Pessoa "a vida é uma symbolologia confusa" (Esp. 53 B-79) e nada deve ser tomado como definitivamente conhecido. Existe sempre o perigo do erro e da ilusão.
Desenvolve ainda a ideia de que a iniciação tem a ver com alma, sendo "uma espécie de nova região por onde a alma se transforma" (Esp. 53 B-83).
Os graus de inciação representam estados de conhecimento que são simultaneamente estados de vida. Quando se consegue esta união de verdade, o inferior liga-se ao superior, ou seja, o inferior revela-se o superior, pois tudo é um.
A maçonaria é para Fernando Pessoa, "uma vida", mais do que uma sociedade ou uma Ordem. O objectivo final que se pretende atingir é, na sua opinião, a sabedoria e não um Grau. Entendido pela intuição (que é a inteligência da emoção, como ele diz), o significado dos símbolos ritualmente recebidos, o adepto transforma-se em filósofo.
Ao filósofo ele aconselha como regra o silêncio, o estudo e o trabalho. E que organize a sua vida "como uma obra literária pondo nela a maior unidade possível" (Esp. 28-43).
Diz contudo que "o significado real da iniciação é, para este mundo em que vivemos um símbolo e uma sombra, que esta vida que conhecemos pelos sentido é uma morte e um sono, ou, por outras palavras, que o que vemos é uma ilusão" (Esp. 54 A-55). A iniciação é o dispersar desa ilusão.
Confia-se sobretudo no estudo e na intuição. A intuição é reveladora de conteúdos profundos e espirituais. Permite "a união com deus" de que se fala (Esp. 54 A-63).
Aquele que procura iniciar-se torna-se adepto da Ordem Interior, despido de preconceitos dogmáticos. Dos três caminhos à escolha poderá seguir o místico, o mágico e gnóstico (no entanto, a verdadeira iniciação inclui os três).
Os graus também são três: Neófito, Adepto, Mestre, ou melhor, são dez: quatro em Neófito, três em Adepto e três em Mestre. O Neófito é essencialmente um estudioso. No Adepto há o progresso da unificação do conhecimento com a vida. No Mestre há a destruição desta unidade por via de uma unidade mais alta. (Esp. 54 B-17)
Diz ainda Pessoa que escrever poesia é o objectivo da iniciação. O grau de Neófito será a aquisição dos elementos culturais com que o poeta terá de lidar ao escrever poesia; o grau de Adepto será o de escrever simples poesia lírica; o grau e Mestre será o de escrever poesia épica, poesia dramática; e a fusão de toda a poesia, lírica, épica e dramática, em algo de superior que as transcenda (Esp. 54 B-18).
Fernando Pessoa encontra na poesia hermética uma via para o instruir sobre a natureza do homem (e da arte, como sua mais elevada dimensão), a natureza do Universo e Deus.
Alcança deste modo uma forma de sabedoria, em que, segundo as palavras do livro do Desassossego, resta a literatura, que é a única verdade, com o pensamento, que é afinal a única maneira de conhecer e sentir, em que a escrita (a sua obra literária) é a grande revelação.

Iniciação..

                                                   


Não dormes sob os ciprestes,


Pois não há sono no mundo.

O corpo é a sombra das vestes

Que encobrem teu ser profundo.
Vem a noite, que é a morte,
E a sombra acabou sem ser.
Vais na noite só recorte,
Igual a ti sem querer.Mas na Estalagem do Assombro
Tiran-te os Anjos a capa :
Segues sem capa no ombro,
Com o pouco que te tapa.



Então Arcanjos da Estrada


Despem-te e deixam-te nu.

Não tens vestes, não tens nada :

Tens só teu corpo, que és tu.



Por fim, na funda caverna,


Os Deuses despem-te mais.

Teu corpo cessa, alma externa,

Mas vês que são teus iguais.
A sombra das tuas vestes
Ficou entre nós na Sorte.
Não estás morto, entre ciprestes.

Neófito, não há morte..