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Iniciação..

                                                   


Não dormes sob os ciprestes,


Pois não há sono no mundo.

O corpo é a sombra das vestes

Que encobrem teu ser profundo.
Vem a noite, que é a morte,
E a sombra acabou sem ser.
Vais na noite só recorte,
Igual a ti sem querer.Mas na Estalagem do Assombro
Tiran-te os Anjos a capa :
Segues sem capa no ombro,
Com o pouco que te tapa.



Então Arcanjos da Estrada


Despem-te e deixam-te nu.

Não tens vestes, não tens nada :

Tens só teu corpo, que és tu.



Por fim, na funda caverna,


Os Deuses despem-te mais.

Teu corpo cessa, alma externa,

Mas vês que são teus iguais.
A sombra das tuas vestes
Ficou entre nós na Sorte.
Não estás morto, entre ciprestes.

Neófito, não há morte..



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